O chatbot chamado MarIA utiliza da tecnologia para ajudar indivíduos em tratamento por meio orientações personalizadas e preventivas

A inteligência artificial (IA) tem promovido inovações significativas em diferentes segmentos do mercado de trabalho. No setor industrial, essa tecnologia é utilizada para otimizar processos de produção, enquanto no setor de serviços, assistentes virtuais e chatbots aprimoram o atendimento ao cliente, oferecendo respostas rápidas e personalizadas. 

Essa conjuntura não poderia ser diferente na área da saúde. Diante desse cenário, pesquisadores da Universidade de Fortaleza, instituição de ensino mantida pela Fundação Edson Queiroz, do Núcleo de Ciência de Dados e Inteligência Artificial (NCDI), exploram o uso dessa tecnologia em benefício do autocuidado de pacientes com doenças crônicas.

O projeto está desenvolvendo uma assistente conversacional, chamada de MarIA, que ajuda esses pacientes a adotarem práticas mais consistentes de cuidado com a saúde.

“A criação do MarIA representa um avanço importante no apoio ao autocuidado, principalmente para pacientes crônicos. Ao proporcionar orientações personalizadas e acessíveis, conseguimos incentivar práticas de saúde contínuas e reduzir o risco de complicações, promovendo uma maior autonomia e qualidade de vida” – Vasco Furtado,  coordenador do NCDIA

Assistente de autocuidado para doenças crônicas

Coordenado pelo pesquisador Vasco Furtado e sua equipe no projeto Centro de Referência em Inteligência Artificial (CEREIA), o estudo desenvolve o MarIA, um assistente conversacional projetado para interagir de forma personalizada com pacientes crônicos, oferecendo informações seguras e motivando o autocuidado. 

Por meio do modelo de linguagem GPT-4, o MarIA utiliza dados clínicos de cada usuário para adaptar as interações às necessidades específicas, promovendo comunicação fluida e empática que vai além do simples fornecimento de informações.

Benefícios para a sociedade e o autocuidado

O uso de IA para o acompanhamento de pacientes crônicos oferece um impacto positivo para a saúde pública, com foco no autocuidado e na prevenção de complicações associadas a condições de saúde complexas. 

Com o MarIA, os pesquisadores buscam fornecer uma solução acessível e de fácil uso para que pacientes possam receber orientação de saúde continuamente, sem a necessidade de um acompanhamento presencial constante.

Resultados iniciais da aplicação

Os primeiros testes com o MarIA, realizados com um grupo de pacientes com diabetes mellitus leve a moderado, já mostraram resultados positivos. A interação personalizada proporcionou aumento no engajamento dos pacientes e uma redução no tempo de resposta.

“Essa resposta inicial sugere que um assistente digital, quando configurado para interagir de forma próxima e humanizada, pode contribuir significativamente para que os pacientes mantenham práticas de autocuidado no dia a dia”, pontua Vasco. 

Futuro do projeto e novas perspectivas

O pesquisador planeja expandir testes com o MarIA para um número maior de pacientes, incluindo novas funcionalidades, como o reconhecimento de imagens e a análise de dados clínicos em tempo real. A expectativa é que essa tecnologia possa ser adaptada para outras condições crônicas e integrá-la ao sistema de saúde para proporcionar apoio mais amplo.

A iniciativa representa avanço significativo na forma de promover o autocuidado e a qualidade de vida para pacientes com doenças crônicas, destacando o papel essencial da personalização e da tecnologia no desenvolvimento de uma saúde digital mais inclusiva e eficaz.

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