A biotecnologia, especialmente para a saúde humana, oferece inúmeras oportunidades de aprendizagem e acumulação de capacidades tecnológicas para inovações significativas e de altíssimo valor agregado

O estudo “Acumulação de Capacidade Tecnológica para Inovação em Empresas de Biotecnologia para Saúde Humana no Brasil: Análise Exploratória e Recomendações Práticas”, é pioneiro no Brasil e um dos mais inovativos em nível internacional. 

Coordenado por Paulo Negreiros Figueiredo, professor da Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas (FGV EBAPE), a pesquisa tem alta relevância para o Brasil pelas seguintes razões:

Em primeiro lugar, a biotecnologia, especialmente para a saúde humana, oferece inúmeras oportunidades de aprendizagem e acumulação de capacidades tecnológicas para inovações significativas e de altíssimo valor agregado, particularmente em países em desenvolvimento.

Desenvolver capacidades para inovação em biotecnologia para saúde humana, em nível nacional, contribui para a tão necessária transformação estrutural da economia brasileira.

Em segundo lugar, acumular capacidades tecnológicas para inovação em biotecnologia para saúde humana em empresas brasileiras tem implicações socioeconômicas importantes:

Com uma população de 203 milhões e com um sistema público de saúde universal, o Sistema Único de Saúde (SUS), fundamentado na Constituição Federal, tem havido no Brasil uma crescente demanda por gastos governamentais nos serviços públicos de saúde. Fatores demográficos e novas terapias disponíveis no SUS tem aumentado a demanda por medicamentos biotecnológicos e insumos farmacêuticos ativos (IFAs).

Durante a fase crítica da pandemia de COVID-19, a importação de insumos e tecnologia pelo Brasil alcançou cerca de USD 20 bilhões. A oferta doméstica limitada tem levado a um aumento substancial nas importações de biofármacos e IFAs pelo Brasil, gerando contínuo déficit comercial.

Financiado pelo CNPq (Chamada Universal), o estudo teve duração de três anos. Este estudo inédito (e desafiador) produziu novas evidências e análises, com adequado nível de detalhe e profundidade, que servem de insumos para ações governamentais e empresariais orientadas ao crescimento e fortalecimento das atividades de biotecnologia para saúde humana no Brasil, por meio da acumulação de capacidades tecnológicas para inovações significativas.

Com base em uma metodologia inovadora, o estudo identificou níveis de capacidade tecnológica para inovação, suas principais fontes e impactos, em um conjunto de 30 empresas brasileiras de biotecnologia para saúde humana, entre startups e empresas farmacêuticas estabelecidas.

O estudo foi desenvolvido por um grupo multidisciplinar e interinstitucional envolvendo:

  • Paulo N. Figueiredo, Professor Titular da FGV EBAPE e coordenador do Programa de Pesquisa em Aprendizagem Tecnológica e Inovação Industrial no Brasil, da FGV EBAPE;
  • Daniela Uziel, Professora Adjunta e Coordenadora de Inovação do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ);
  • Marcela Cohen, Professora Adjunta do Departamento de Engenharia de Produção da Universidade Federal Fluminense (UFF) e pesquisadora em gestão da inovação;
  • Bernardo Cabral, Professor Adjunto da Faculdade de Economia da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e pesquisador em economia da biotecnologia;
  • Lohanna Palhinha, Pós-doutoranda em Biologia Celular e Molecular na Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ);
  • Pedro Gomes, Mestrando em Política Científica e Tecnológica na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e ex-aluno do MBA em Gestão da Inovação e Capacidade Tecnológica, da FGV;
  • João Viana, Bacharel em Engenharia Química pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e bolsista da FGV EBAPE e Caio Lemos, Graduando em Administração na UFRRJ e bolsista de iniciação científica FGV EBAPE

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